O melhor deste blog não divulgado é que o título faz jus a ele. O título “O bloco do eu sozinha” não é de minha autoria. Roubei de uma pessoa que me é muito cara. Mas o “Bloco do eu sozinha” tem mais um motivo para ser chamado assim: é que eu estou “passando por umas coisas ai...” (mais um chavão entre colegas de antigamente que uma frase roubada) que acabaram fazendo com que o isolamento fosse o melhor remédio. O fato é que este título de blog caiu como uma luva ou “abraçou como seda” (se assim o preferir).
Coisas que antes eu preferiria que ficassem em minha caixa de pandora, agora prefiro que venham pra cá. Algumas coisas que realmente valem a pena serem lidas, outras que não passam de pequenos derrames cerebrais. Outras até que foram pensadas, (des) organizadas e escritas em momentos muito peculiares (pra não dizer que as escrevi quando estava bêbada).
Mas há quem diga que coisas contidas há muito são externadas quando se ingere álcool além da conta. Concordo e discordo. É bem verdade que quando chegamos àquela fase de embriaguês onde nosso maior refúgio é o banheiro e nosso melhor amigo é o vizinho da esquerda ou direita (dependendo se você é destro ou canhoto), a língua fica meio solta e a gente acaba falando em demasiado.
Claro que depois de um porre daqueles, de botar boneco muito mesmo, eu decidi parar de beber (não preciso nem dizer que externar o que estava dentro de mim foi a máxima deste dia) e como eu precisava externar essas coisas que ficam dentro da minha cachola e já havia começado esta de blog por conta de uma sugestão de Amabilis decidi encarar.
Depois que montei este blog a coisa desandou e não parou mais. Como diz minha mãe: “É só mais um começo, entre tantos que você tem. Nunca termina o que começa” (legal ela, né?). Pode até ser mesmo. Mas eu sempre fui de rabiscar coisas no caderno, desde adolescente. Alguns gostavam outros até incentivavam, mas gente assim como eu nunca consegue aceitar um elogio. Pode até fingir que aceita, mas no fundo não aceita não (ops! Não conta pra Amabilis não!). Em todo caso não é uma questão de vida ou morte o fato de ter ou não a aprovação dos outros. Pelo menos não neste blog.
Pode até ser que um dia eu venha a aceitar estes tais elogios, tão bem quanto as críticas que eu recebo. Pessoas que escrevem assim como eu acreditam que seus textos nunca estão bons o suficiente e que sempre se pode mudar isto ou aquilo. Acabam mudando tanto seus textos em busca da perfeição que findam deturpando sua essência. Tenho certeza que quando este texto passar pela malha fina dos meus dedinhos no Word estará irremediavelmente mudado. Mas tentarei me manter fiel ao que realmente quero passar.
Escrever decentemente é o máximo. Usar de figuras de linguagem ou a própria linguagem rebuscada, é lindo! Enriquece os textos e faz você se sentir muito gente. Mas eu nunca serei totalmente assim. A menina que habita o fundo do córtex da débil mental que ousa escrever neste blog é moleca suficiente pra esconder tudo que há de rebuscado e mostrar apenas quando lhe aprouver (viu? Aí está ela, brincando de falar difícil. Entende o que eu quero dizer agora?).
Obrigada pela atenção, boa leitura e até.
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